A inclusão escolar tem sido um tema desafiador,
especificamente quando diz respeito ao acesso das pessoas com surdez à escola
comum.
Observa-se que em um Campus do Instituto Federal de São
Paulo os professores não estão preparados para ensinarem alunos surdos. Isso
porque não desenvolvem práticas e estratégias pedagógicas que atendam às
necessidades educacionais dos surdos.
A inclusão dessas pessoas se apresenta como um fato novo
para a maioria dos professores do Campus do Instituto Federal, surgindo como um
grande desafio para todos. Uma escola inclusiva deve oferecer ao aluno surdo
possibilidades reais de aprendizagem, caso contrário, estará realizando uma
inclusão precária. Segundo Lacerda (1998), pensava-se que os surdos não fossem
educáveis, mas a partir do século XVI admitiu que os surdos
conseguem aprender através de determinados procedimentos pedagógicos.
No Instituto Federal de São Paulo há interpretes de
Libras que intermedia a comunicação em sala de aula. “Este tem por função
traduzir, para a língua de sinais, o que o professor está falando." Neste
sentido, o professor continua explicando o conteúdo para os alunos ouvintes,
esperando que o intérprete faça o seu trabalho para que o aluno surdo seja
incluído. E um dos Campus onde há aluno surdo, observou-se que o professor
trouxe vídeos em inglês com legenda muito rápida. Outro professor ensina de
costas para turma, escrevendo no quadro e explicando. Antes dos estudantes
terminarem de copiar o que foi escrito o professor apaga o quadro e começa a
escrever novamente. Dessa forma não é possível incluir o aluno surdo em uma
sala regular apenas com a presença do intérprete.
Segundo Spenassato (2009) a maioria das escolas não
apresenta um quadro de inclusão de alunos com necessidades educacionais, dentre
esses, os surdos. Há carência de algumas acessibilidades, por exemplo, recursos
visuais, metodologia e, principalmente de professores especializados.
Sabemos que é um desafio os Campus de São Paulo realizar uma transformação
rápida. Porém, todos que trabalham neles precisam entender que o instituto é
uma escola para todos e de todos. Trabalhando coletivamente podemos gradativamente
transformar as práticas educativas e vencer os desafios.
#PraCegoVer: Charge
de Professor em sala de aula com alunos surdos, cegos. O professor encontra de
costa e ainda fala algo ( a prova é amanhã! Veja bem...ouça..olhe...) que feri
os alunos que tem alguma necessidade específica.
Essa charge resume bem o que "nao fazer"